
Cerca de 100 pessoas fizeram uma caminhada em protesto ao aumento da passagem do transporte público no centro de Porto Alegre no final da manhã desta quarta-feira. Durante o percurso, fizeram pequenos bloqueios das ruas, o que deixou o trânsito lento.
Os manifestantes saíram da rodoviária e percorreram a Avenida Mauá em direção à prefeitura da Capital. Uma comissão deve ser recebida na prefeitura no início desta tarde.
Integram o movimento, diretórios acadêmicos da UFRGS e da FAPA, grêmios estudantis, o Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), a Assembleia Nacional dos Estudantes - Livre (Anel) e partidos políticos.
De que forma o reajuste da passagem dos
ônibus e lotações compromete o seu orçamento?
Desde a meia-noite de hoje, os usuários de ônibus tem de desembolsar R$ 0,25 a mais a cada viagem — passam a pagar R$ 2,70 (até ontem, o valor era de R$ 2,45). Já os passageiros dos lotações pagarão R$ 4,00, em vez dos R$ 3,65 vigentes até essa terça-feira.
— É um absurdo que o salário mínimo aumente 6%, o salário dos deputados, 62% e a passagem, 10% — revolta-se a estudante de 18 anos Ludimilla Fagundes.
O grupo acredita que o protesto vai ajudar a reverter o aumento da tarifa e que o movimento tende a crescer com o fim das férias.
Ao chegar à prefeitura, seis dos manifestantes, cinco estudantes da UFRGS e um representante do MTD, foram atendidos por Marcos Botelho, secretário adjunto de Coordenação Política e Governança Local de Porto Alegre.
O estudante de pedagogia Gabriel Zatt, de 23 anos, expressa a revolta sentida pelos integrantes do protesto:
— Pedimos a abertura das contas da prefeitura, e é certo que tem verba das empresas de ônibus. Incrivelmente, hoje já tinha adesivo com o novo preço da passagem.
Depois da reunião com o secretário, os manifestantes se acorrentaram a um portão no saguão da prefeitura. Eles afirmam que não sairão de lá até que seja marcada uma reunião com o prefeito José Fortunati.
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