29 de maio de 2011

Bullying não é brincadeira


Todos nós que somos ou fomos alunos já vimos cenas muito chatas entre colegas e às vezes até com a gente mesmo. Cenas que nos deixam com medo, em pânico, até sem vontade de ir para a escola.

Vou contar alguns casos para ver se vocês se lembram de algo parecido:

1. No início do ano, entra uma menina nova na sala do 6º. ano. Ela não conhece ninguém,veio de uma cidade do interior e se veste de uma maneira diferente dos outros da mesma turma. Senta-se na carteira quietinha e não fala nada. Logo na primeira aula, a professora pergunta seu nome e ela diz – Carla. E este erre tem aquele som diferente, que os outros alunos consideram caipira. Basta isto! A turma toda começa a imitar o erre, entre risadas e piadinhas. Ninguém se aproxima de Carla, no recreio ela fica sozinha e ainda ouve mais gozações. No dia seguinte Carla não sente a menor vontade de ir para a escola, mas sabe que tem de ir. Entra na sala e já escuta ‘Bom dia, Carla! Dormiu bem? Sua carteira é lá no cantinho, tá? Não queremos caipiras perto de nós!”. Carla não contou nada em casa porque seus pais também ainda estavam se adaptando à cidade e ela não queria aborrecê-los com seus problemas.

2. Igor era um menino tímido do 2º. ano que não tinha muita facilidade para fazer amigos. No recreio, ficava sempre sentado no murinho da quadra vendo os outros jogar futebol. Certo dia, um menino do 4º. ano, Fernando, se aproximou dele, deu-lhe um empurrão e jogou-o no chão. Fez como se fosse chutar seu rosto, mas só fingiu e disse rindo: “Isto é pra você deixar de ser bobo! E não vai contar pra ninguém, ouviu?” Igor ficou super nervoso, amedrontado, mas não disse nada pra professora e nem pros pais. A partir daquele dia sempre que Fernando passava por ele, fechava os punhos como se fosse lhe dar um soco ou fazia uma piadinha.

3. Mariana era uma adolescente de 13 anos cursando o 8º. ano de uma grande escola. Era bastante gorda e embora já tivesse feito vários regimes não conseguia perder peso. Desde pequenininha recebeu apelidos na escola – ela era a baleia, a amorfa, bolona. Sofria muito com isto. Não era escolhida pra nenhum jogo que tivesse de correr, não era convidada para sair com as colegas de sala que diziam ter vergonha de estar com alguém tão “deformado”.

Mariana só pensava na hora de ir para casa, pra ter um pouco de sossego. Queria muito estudar inglês, mas não tinha coragem de enfrentar outra sala de aula e outros colegas.

Todos estes casos acima são exemplos claros de bullying. Então o que é bullying?

Bullying é uma agressão intencional, ou seja, de propósito, sem nenhum motivo, contra alguém mais fraco. Mais fraco em qualquer sentido – pode ser menor de tamanho, pode ser mais tímido e quietinho, pode ser novo ou nova na escola e não conhecer ninguém, pode ser alguém que não sabe se defender. Estas ações geralmente são repetitivas, acontecem várias vezes e por um longo tempo. Vejam o caso de Mariana, que recebeu apelidos desde que entrou pra escola. Mas às vezes pode acontecer uma única vez, com muita violência, e do nada.

É comum nas escolas, onde convivem muitos alunos diferentes, pessoas de quem a gente gosta muito e outras que nem tanto, haver conflitos, discussões e até mesmo brigas. Num jogo de futebol, por exemplo, um menino pode entrar duro num outro e aí começar uma discussão, xingamento e até um soco ou empurrão. Mas o que aconteceu aí foi uma reação a uma entrada dura. Não é a melhor forma de resolver, mas isto não é bullying!

Duas meninas pequenas da mesma sala estão discutindo, brigando mesmo, por causa de uma caixa de lápis de cor. Quase se atracaram… Mas as duas argumentam no mesmo nível. Isto não é bullying!

Pra ser bullying precisa ser:

  1. Intencional, de propósito, sabendo que vai ferir a outra pessoa.
  2. Sem nenhum motivo, não é uma reação a nada que o outro ou outra fez de ruim para você.
  3. A pessoa que pratica o bullying é mais forte, em algum sentido, do que a sua vítima. É um ato de covardia mesmo!
  4. Muitas vezes é repetitivo, dura muito tempo, às vezes o ano todo ou até mais.

Governo de SP anuncia criação da Escola Virtual

Um decreto do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que deve ser publicado noDiário Oficial de amanhã, cria a Escola Virtual de Programas Educacionais, a Evesp. O objetivo é que o órgão trabalhe os conteúdos da educação básica (ensinos fundamental e médio) utilizando ferramentas de tecnologia da informação e comunicação.

Epitacio Pessoa/AE-15/04/2010
Epitacio Pessoa/AE-15/04/2010
Aula. Detentos estudam em Sorocaba: na mira da Evesp

"Não vamos tirar ninguém da sala de aula. O trabalho da Evesp será oferecer formação regular e de capacitação principalmente para os alunos que não conseguem se locomover", explica Herman Voorwald, secretário estadual de Educação.

Para isso, devem ser utilizadas a infraestrutura e as metodologias da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), o programa de expansão do ensino superior criado em outubro de 2008. "A Univesp é o nosso braço ágil", diz Voorwald.

Ações. O nome do responsável pela coordenação da Evesp ainda não foi definido, segundo o secretário, mas as duas primeiras ações já estão definidas: conteúdo de línguas estrangeiras em escolas regulares e atuação no sistema prisional paulista.

No caso do ensino de idiomas, a Evesp dará suporte aos Centros de Ensino de Línguas Estrangeiras (CELs). Existem 105 deles no Estado e a expectativa é de que 50 mil estudantes dos ensino fundamental e médio assistam 136 aulas de inglês oferecidas em formato presencial, mas com acesso a conteúdo virtual e sob a supervisão de um tutor. "Até o fim do ano queremos chegar a 100 mil alunos e ampliar a oferta de idiomas, como o espanhol", afirma Voorwald.

Teleaula na prisão. O outro foco já estipulado de atuação da escola virtual serão as unidades prisionais do Estado. A previsão é de que o início das aulas aconteçam no segundo semestre deste ano. Inicialmente, em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária, serão atendidos cerca 12 mil detentos nos ensinos fundamental, médio e profissionalizante.

O trabalho será feito em 100 unidades prisionais e o conteúdo será ministrado por meio de teleaulas em salas que também estarão equipadas com computadores. O material didático impresso será fornecido pela Secretaria de Educação e cada unidade terá um professor, além de alguns detentos que poderão atuar como monitores, pagos pelo serviço. "Teremos matriz curricular e carga horária definida. A diferença é que o modelo da Evesp vai permitir flexibilidade de tempo e de espaço", explica o secretário.

Polêmica. A implantação desse modelo de ensino nas prisões paulistas atende a um outro decreto do governo, de março deste ano, que institui um grupo de trabalho com a finalidade de propor políticas educacionais para os encarcerados.

São Paulo possui a maior população carcerária do Brasil: há 170 mil presos e presas no Estado, somando os que cumprem pena em regime fechado e os que aguardam julgamento. Desse total, mais da metade, 95 mil, não possuem o ensino fundamental completo.

O modelo de educação a distância(EaD), no entanto, não é bem-vindo pelas organizações que trabalham com o tema. No fim do mês passado, em seminário que discutiu os desafios para a implementação de diretrizes nacionais sobre a educação em prisões, houve críticas à EaD.

O formato resolveria o problema do ponto de vista prático, já que cumpre a lei que garante o direito do preso à educação, mas não teria resultados efetivos, uma vez que a situação peculiar dos alunos exige a presença de profissionais habilitados.

Oportunidade de estudo

8,8% dos 170 mil presos de SP realizam alguma atividade educacional

34,4% dos detentos do País estão em SP


NOVA DROGA PIOR QUE O CRACK INVADE O BRASIL

Conhecida como a “droga da morte”, o OXI é mais letal que o crack e já é facilmente encontrada em vários estados do norte e nordeste do país. A droga entra no país pela Bolívia, na fronteira com o Acre. As pedras amareladas de oxi já foram apreendidas no Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Amapá, Maranhão, Piauí e Goiás. O OXI é um crack de pior qualidade, processados com insumos básicos diferentes. A diferença dela para o crack está na elaboração do produto, em vez de adicionar bicarbonato e amoníaco ao cloridrato da cocaína os traficantes adicionam querosene e cal virgem. "As pesquisas mostram que os usuários vão a óbito em menos de um ano. Isso ocorreu com 30% dos usuários”, destaca o inspetor da Polícia Rodoviária Federal Francisco Sobrinho.


Dias 30 e 31 não haverá aula!

Na segunda e terça-feira 30 e 31 de maio, na Escola Estadual de Ensino Médio Mariz e Barros, não haverá pois terá Conselho de Classe do Ensino Fundamental e Escolha do Livro Didático de Ensino Médio para 2012.

atenciosamente, GEMB

Enem já tem 1,8 milhão de inscritos


Apesar do número alto, 700 mil estudantes ainda não confirmaram sua inscrição; provas serão em outubro



Cerca de 1,8 milhão de estudantes se inscreveram no Enem até as 18h de hoje, 27. As inscrições estão abertas desde segunda-feira, dia 23. A maioria dos candidatos é de São Paulo - cerca de 300 mil candidatos. O Estado vem seguido de Minas Gerais e Rio.

Entre as inscrições recebidas, cerca de 700 mil ainda não foram confirmadas. O pagamento da taxa do Enem 2011 leva até três dias para ser compensado pelo Banco do Brasil.

As provas serão aplicadas nos dias 22 e 23 de outubro.As inscrições devem ser feitas até as 23h59 do dia 10 de junho, exclusivamente pela intenet, no site do Enem.

Segundo o Inep, cerca de 160 mil inscrições são de candidatos que pretendem usar as médias do exame para obter o certificado de conclusão do ensino médio.


Sala de aula brasileira é mais indisciplinada que a média, diz estudo

Mais de 30% dos alunos dizem que professor 'têm de esperar um longo período até que a classe se acalme'


As salas de aula brasileiras são mais indisciplinadas do que a média de outros países avaliados em um estudo do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, na sigla em inglês).

O estudo, feito com dados de 2009 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), aponta que, no Brasil, 67% dos alunos entrevistados disseram que seus professores "nunca ou quase nunca" têm de esperar um longo período até que a classe se acalme para dar prosseguimento à aula.

Entre os 66 países participantes da pesquisa, em média 72% dos alunos dizem que os professores "nunca ou quase nunca" têm de esperar que a classe se discipline.

Os países asiáticos são os mais bem colocados no estudo: no Japão, no Cazaquistão, em Xangai (China) e em Hong Kong, entre 93% e 89% dos alunos disseram que as classes costumam ser disciplinadas. Finlândia, Grécia e Argentina são os países onde, segundo percepção dos alunos, os professores têm de esperar com mais frequência para que os alunos se acalmem.

O estudo foi feito com alunos na faixa dos 15 anos.

Menos distúrbios. O estudo identificou que os distúrbios em sala de aula estão, em média, menores do que eram na pesquisa anterior, feita no ano 2000.

"A disciplina nas escolas não deteriorou – na verdade, melhorou na maioria dos países", diz o texto da pesquisa. "Em média, a porcentagem de estudantes que relataram que seus professores não têm de esperar muito tempo até que eles se acalmem aumentou em seis pontos percentuais."

Segundo o estudo, a bagunça em sala de aula tem efeito direto sobre o rendimento dos estudantes. "Salas de aula e escolas com mais problemas de disciplina levam a menos aprendizado, já que os professores têm de gastar mais tempo criando um ambiente ordeiro antes que os ensinamentos possam começar", afirma o relatório da OCDE.

"Estudantes que relatam que suas aulas são constantemente interrompidas têm performance pior do que estudantes que relatam que suas aulas têm menos interrupções."

A criação desse ambiente positivo em sala de aula tem a ver, segundo a OCDE, com uma "relação positiva entre alunos e professores". Se os alunos sentem que são "levados a sério" por seus mestres, eles tendem a aprender mais e a ter uma conduta melhor, conclui o relatório.

No caso do Brasil, porém, a pesquisa mostra que os estudantes contam menos com seus professores do que há dez anos.

"Relações positivas entre alunos e professores não são limitadas a que os professores escutem (seus pupilos). Na Alemanha, por exemplo, a proporção de estudantes que relatou que os professores lhe dariam ajuda extra caso necessário cresceu de 59% em 2000 a 71% em 2009", afirma o relatório. Já no Brasil essa proporção de estudantes caiu de 88% em 2000 para 78% em 2009.

Não faremos propaganda de opções sexuais, diz Dilma sobre kit polêmico

Depois de ceder à pressão de deputados e suspender envio de kit anti-homofobia a 6 mil escolas do ensino médio, como parte de uma campanha contra o preconceito, presidente anuncia que vai criar comissão para analisar material, que deverá ser refeito

Após ceder à pressão da bancada católica e evangélica e suspender o kit anti-homofobia do Ministério da Educação (MEC), a presidente Dilma Rousseff disse que o governo não fará "propaganda de opções sexuais" nem "interferirá na vida privada das pessoas".

Ed Ferreira/AE


O kit foi usado como moeda de troca para evitar a investigação do ministro Antonio Palocci, desgastado com suspeitas em torno de sua evolução patrimonial nos últimos quatro anos. Uma nova versão poderá ser preparada pelo MEC.

"Não vai ser permitido a nenhum órgão do governo fazer propaganda de opções sexuais nem de nenhuma forma nós podemos interferir na vida privada das pessoas", afirmou Dilma à imprensa, após solenidade de doação de 30 mil bicicletas e capacetes pelo programa Caminho da Escola.

O kit de combate à homofobia seria composto por três vídeos e um guia de orientação aos professores. Os vídeos, com duração de cinco minutos, enfocariam transexualidade, bissexualidade e a relação entre duas meninas homossexuais.

O material seria enviado a 6 mil escolas de ensino médio no segundo semestre deste ano, com o objetivo de trazer para o ambiente escolar o reconhecimento da diversidade sexual e o enfrentamento do preconceito.

"Eu não assisti aos vídeos. Mas não concordo com um pedaço que eu vi na televisão, passado por vocês. É uma questão que o governo vai revisar", disse a presidente, afirmando também que a sua administração luta contra a homofobia.

Todo material sobre "costumes" passará agora pelo "crivo amplo da sociedade e das bancadas interessadas, de acordo com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, Dilma avaliou que o material, da forma como estava, não combatia a homofobia. "A presidente entendeu que ele não foi desenhado de maneira apropriada para promover aquilo que pretende, que é o combate à violência, à humilhação dessas pessoas na escola, à evasão desse público", comentou o ministro.

Reformulação. O entendimento agora é o de que materiais dessa natureza sejam analisados por uma comissão da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, após terem passado por um grupo do ministério. "Elas (as comissões) vão fazer os apontamentos necessários para uma reformulação." Segundo Haddad, os vídeos "poderão ser integralmente refeitos".

Para o ministro, houve muita confusão a respeito do kit. "Quando uma discussão deixa de ser técnica e passa a ser política, você tem muita dificuldade de organizar um debate racional sobre o assunto. Cheguei a ver (no Congresso Nacional) um material voltado para profissionais do sexo nas mãos de um deputado que dizia que o MEC ia distribuir aquilo para crianças de 6 anos", disse. "A presidente, com razão, à luz desse cenário, criou no âmbito da Secretaria de Comunicação uma comissão que vai dar a última palavra sobre esse assunto."

Questionado sobre o que tinha achado do material, Haddad disse que "tem uma parte" da qual não gostou, sem especificar qual. "O problema não é no mérito da causa, é em relação ao caso concreto." Ele ressaltou que "é uma determinação constitucional o combate ao preconceito de qualquer tipo".

Ontem, ao comentar a decisão no Twitter, a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, afirmou: "Tempo das trevas!" A assessoria de Haddad disse que a opinião é "pessoal" e não reflete a posição do ministro.

PARA LEMBRAR

STF decidiu sobre união

No início do mês, o Supremo Tribunal Federal reconheceu, por unanimidade, o status legal de família também para as uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo. A sentença provocou a discussão de que tal decisão deveria ter sido tomada pelo Congresso e não pelo Judiciário; da mesma forma, alegou-se que faltou ao Legislativo a iniciativa de votar a questão - um dos ministros do STF, Gilmar Mendes, falou que o quadro no Congresso era de "inércia, de não decisão por razões políticas".

A decisão também deu força a novos ataques contra o Projeto de Lei 122, de autoria da ex-deputada Marta Suplicy (PT-SP), que prevê a criminalização da homofobia, assim como a esperança, entre militantes gays, de que sua promulgação seja impulsionada.

Escola expulsa 11 alunos por bullying em Votorantim-SP

A direção da Escola Estadual Prof. Daniel Verano, de Votorantim, a 102 quilômetros de São Paulo, decidiu punir com a expulsão 11 alunos acusados de prática de bullying. Os adolescentes, com idades entre 14 e 16 anos, são acusados de terem agredido e humilhado alunos da 6ª série do ensino fundamental, na faixa etária de 11 anos. As agressões teriam ocorrido no último dia 5, mas a punição foi confirmada hoje. Na sexta-feira, pais dos alunos agredidos foram à escola para pressionar a direção a tomar providências.

De acordo com informações dos pais, os acusados cercaram as crianças durante o recreio. Meninos e meninas foram agredidos a socos e pontapés. Um dos agressores chegou a empunhar uma faca. Uma professora que tentou intervir foi agredida com uma pedrada. A ação dos adolescentes contra os alunos da outra série teria sido combinada pela internet.

Cinco estudantes identificados como agressores já foram transferidos. Os outros estão suspensos e aguardam a confirmação de vaga em outra escola. Os pais de um aluno que já tinha sido expulso de outro estabelecimento decidiram que ele não voltará a estudar. O caso será encaminhado para o Conselho Tutelar.

A Diretoria Regional de Ensino de Votorantim informou que a decisão de transferir os onze estudantes envolvidos no incidente partiu do Conselho Escolar, formado por professores, funcionários da unidade, pais e representantes do corpo estudantil, em reunião que contou com a presença dos responsáveis por todos os envolvidos. A resolução se baseou no histórico dos estudantes e na gravidade do caso.



Dilma determina suspensão de material de kit contra a homofobia


A presidente Dilma Rousseff determinou nesta quarta-feira que seja suspensa a produção de materiais sobre homofobia pelos ministérios da Saúde e da Educação.

O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, disse que Dilma não gostou do tom dos vídeos relacionados ao kit contra a homofobia, que seria distribuído a 6 mil escolas de ensino médio do país.

Carvalho afirmou, segundo a Agência Brasil, que, por decisão da presidente, "todo material sobre costumes será feito a partir de consultas mais amplas à sociedade", inclusive a integrantes da Igreja Católica e de cultos evangélicos.

Cerca de 30 congressistas da bancada religiosa se encontraram com Carvalho nesta quarta-feira. Os parlamentares contestaram o conteúdo do material relacionado à campanha do governo.

O kit de combate à homofobia foi elaborado por entidades de defesa dos direitos humanos e da população LGBT (lésbicas, hays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros), devido à constatação de que falta material adequado e preparo dos professores para tratar do tema.

Três vídeos relacionados à campanha vazaram pela internet, provocando polêmica e críticas devido a seu conteúdo. Parlamentares da bancada religiosa alegaram que o material fazia apologia da homossexualidade.

O material ainda estava em fase de análise pelo governo. Na semana passada, o ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu o projeto, afirmando que a violência contra o público gay é muito grande e que a educação é direito de todos.

Mesmo com as críticas, os kits tiveram parecer favorável da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (Unesco), para quem o material contribui para a redução do estigma e da discriminação contra os gays. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Aluno é atingido por disparo em sala de aula em Viamão - RS

Um adolescente de 15 anos foi atingido por um tiro disparado por um colega de 17 anos dentro de uma sala de aula da Escola Estadual Santa Isabel, em Viamão (RS). A turma estava revisando o conteúdo da disciplina de Química para uma prova prevista para amanhã quando ouviu o estampido.

Um dos alunos gritou que havia sido atingido na perna esquerda enquanto outro, que portava um revólver calibre 22, fugiu do local. O jovem ferido foi levado a um hospital, onde os médicos constataram que os danos que sofreu não são graves. O portador da arma foi apreendido quando estava chegando em casa e disse que o disparo foi acidental.



Greves de professores afetam 1,7 milhão de alunos

Em pelo menos seis Estados, movimentos grevistas de professores da rede pública estão afetando até 1,7 milhão de estudantes, ao todo, segundo sindicatos da categoria. Cada Estado - ou município, no caso de Porto Alegre - tem reivindicações diferentes e negocia de maneira independente.

Os professores do Amapá entraram ontem em greve, por tempo indeterminado. Eles reivindicam reajuste salarial de 16%, contra os 3% oferecidos pelo governo. Na capital Macapá, 90% dos professores teriam aderido.

Em Porto Alegre, a greve chegou ao terceiro dia e afeta 40 mil alunos. A categoria não aceita reajuste de 6,5% em maio e mais 0,5% em dezembro e quer 18%. A prefeitura sustenta que não pode oferecer mais. O Sindicato dos Municipários estima que 90% dos educadores estão parados, enquanto a prefeitura afirma que o índice é de 70%. A categoria diz que a greve só termina se houver nova proposta.

Em Sergipe, os professores da rede estadual entram no quarto dia de paralisação, prejudicando 300 mil alunos. Eles fazem hoje uma vigília na Assembleia Legislativa a partir das 8 horas e, amanhã, um ato público no centro comercial de Aracaju. A categoria recusou proposta de pagamento integral imediato do reajuste de 15,86% para os professores do nível um e a partir de setembro para os demais níveis.

Adesão

Em Santa Catarina, onde a greve chega ao oitavo dia, a adesão é de quase 90% (35,6 mil dos 39 mil professores da rede), segundo o sindicato da categoria. Cerca de 600 mil alunos estariam sem aula.

A greve é uma reação à proposta do governo que fixa, por medida provisória, o piso nacional do magistério em R$ 1.187 para docentes que não tinham o valor como salário-base sem a soma de abono. Antes, o mínimo era de R$ 609. Os professores são contra a MP porque ela não acompanharia o progresso de carreira. O governo se recusa a negociar, e os grevistas querem que os deputados rejeitem a MP.

Em Alagoas, onde 350 mil estão sem aula, os professores decidiram prorrogar a greve, iniciada na semana passada, por mais uma semana. Os docentes acusam defasagem de 25% no salário, mas o governo oferece 7%.

Na Paraíba, 18 mil funcionários de 600 escolas (60% dos profissionais) estão em greve há 25 dias, segundo o sindicato local, afetando as aulas de 400 mil estudantes. Os professores pedem piso de R$ 890 para 30 horas semanais e manutenção das gratificações. Hoje, o piso é de R$ 661. O governo diz que aceita pagar o piso, desde que as gratificações sejam incorporadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



Municipários mantêm greve após reunião com a prefeitura

Novo encontro está marcado para segunda-feira, às 8h30min

Depois de reunião com a prefeitura na tarde deste sábado, os municipários decidiram manter a greve que iniciou na segunda-feira. Os servidores e a Secretaria da Fazenda discutiram números do orçamento do município, mas não chegaram a acordo sobre um índice de reajuste.

Ficou marcada para às 8h30min de segunda-feira uma nova reunião na Secretaria de Administração de Porto Alegre. Após o encontro, os municipários se reunirão em assembleia às 14h para decidir os rumos da paralisação, segundo a diretora-geral do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), Carmen Padilha.

Na tarde de sexta-feira, já havia ficado acertada a possibilidade de negociação do índice proposto pela prefeitura, que é de 7%. Inicialmente o sindicato havia pedido um reajuste de 18%.


ZERO HORA

GREVE DOS MUNICIPÁRIOS!


AS ESCOLAS MUNICIPAIS DE PORTO ALEGRE ESTÃO PARADAS, E SEMPRE QUEM É PREJUDICADO SÃO OS ESTUDANTES.


- VAMOS LÁ PROFESSORES, VAMOS DAR AULA!

FAMILIAS DA VILA CHOCOLATÃO TRANSFERIDAS PARA SUAS NOVAS CASAS!


OLHA A DIFERENÇA:


26 de maio de 2011

“É impossível abandonar a causa, sempre estaremos ligados”, Vander Rodermel, presidente da União Catarinense dos Estudantes

Na entrevista a seguir você vai conhecer um pouco mais sobre o atual presidente da UCE, Vander Rodermel, e sobre sua gestão. Aqui, ele fala sobre política, sua religião e a relação com a política, sobre futebol e viagens a lugares estranhos.

Durante os dias 10, 11 e 12 de junho, acontecerá na cidade Jaraguá do Sul, no Instituto Federal de Santa Catarina (PUC/Unerj), o 34º Congresso da União Catarinense dos Estudantes , quando uma nova direção vai assumir a direção da entidade. A gestão dos últimos dois anos alcançou algumas vitórias importantes. Em 2009, o movimento estudantil de Santa Catarina conseguiu uma vaga no conselho estadual de educação. “Hoje não basta ocupar a rua, temos que ocupar os espaços de decisão. Essa gestão teve essa preocupação, a de ocupar espaços onde pudéssemos articular para fazer políticas públicas para educação da juventude”, avalia Vander Rodermel, atual presidente da UCE.

O ano de 2010 também foi de grandes conquistas para a gestão. Além de ter organizado o ato “Fora Pavan”, que levou os estudantes de Florianópolis às ruas para protestar contra a corrupção, também conseguiu a implementação do artigo 171, que garantia que as bolsas de estudos concedidas fossem diretamente para os bolsistas, e não para as instituições de ensino. “Essa foi uma grande conquista desse período”, comemora.

Vander é formado em jornalismo, profissão em que quer atuar, chegou a fazer um ano de direito, mas optou por se dedicar ao curso de história, que, ao lado do time do coração e da sua luta política, é uma paixão. “Acho também que complementa o jornalismo”, explica. Nascido em Osasco, em São Paulo, filho de pai mineiro e mãe catarinense, é torcedor fanático do Corinthians. “Meu pai morou muitos anos no rio, é flamengo, minha mãe é vascaína. Acho que nascemos com o time de coração”, justifica.

O jornalista divide seu tempo livre entre os afazeres da igreja que frequenta, práticas esportivas, principalmente corridas, e a praia de Jurerê internacional, sua preferida entre as mais de 40 de Florianópolis, onde mora. A seguir confira uma entrevista com ele, conheça um pouco mais do presidente, como surgiu seu interesse pelo movimento estudantil, o que ele pensa sobre religião e política e sobre o papel das mídias sócias na atividade política.

Quando começou o seu interesse pelo Movimento Estudantil?
Foi em 2003, quando fui convidado para participar como jornalista de um congresso. Eu não sabia o que era um DCE, mas a partir daquele momento percebi como esse trabalho é importante. Ocupei cargos em quase todas as instâncias, até que me tornei presidente. Eu não tinha expectativa de chegar à presidente da UCE. Eu pensava em fazer o movimento estudantil na universidade. Conforme fui me engajando, percebi que a militância poderia ir além das universidades. Durante o congresso houve uma aliança e eu fui escolhido. Fico muito feliz e honrado de ter sido eleito.

Quando você assumiu, quais eram os maiores desafios da gestão?
O grande objetivo era recolocar a entidade no posto que é dela, de entidade estadual que representa amplamente os estudantes, e que consegue fazer as articulações políticas necessárias para agir e alcançar transformações concretas. Além disso, nosso prédio precisava de reforma. Então a gestão foi muito voltada para a reestruturação da entidade.

Você acha que os jovens são desinteressados por política?
Em minha opinião, o jovem não é desinteressado pela política. Mas ele se desinteressa pois há muitos politiqueiros de plantão. A política é um instrumento de poder do povo, e para o povo. Se o jovem perde a perspectiva de mudança, é mais pelo mau testemunho. Um exemplo disso foi ano passado, em 2010, quando fizemos o ato “Fora Pavan”. Distribuímos uma tonelada de abacaxis aqui no centro de Florianópolis para estudantes como forma de repudiar as manobras políticas que estavam acontecendo para que o vice-governador, Leonel Pavan, dificultasse o julgamento das denúncias de corrupção, das quais ele estava sendo acusado.

Você torce para o Corinthians. De quais outros esportes, além de futebol, gosta?
Eu gosto muito de esporte, de vários! Além de futebol de campo e de salão, eu já pratiquei judô, natação, atletismo, handebol e vôlei. Hoje em dia eu estou treinando kung fu. Na sede da UCE temos uma academia que oferece artes marciais, então eu resolvi aproveitar!

Agora, quando terminar a sua gestão, pretende continuar na militância?
É impossível abandonar a causa, sempre estaremos ligados. Eu faço parte de uma juventude que defende que temos que militar até os 29 anos, depois há outras batalhar a serem travadas.

E quais seus planos?
Quero passar no mestrado para jornalismo e trabalhar na minha área, como jornalista. Meu mestrado é sobre redes sociais, chama “a política na era das mídias sociais”. Penso que as redes sociais revolucionaram a política, pois não há controle dessas mídias. É uma alternativa que o povo tem para se informar, circular informação. O usuário é o emissor, receptor, instrumento, tudo, as mídias sociais estão aí e nós precisamos entender como funcionam. Esse instrumento é importante pra política. O Obama deu o ponta pé inicial com a sua campanha, e o resultado foi fantástico. Aqui no Brasil, em 2010, isso já foi utilizado nas eleições. Os candidatos tinham twitter, youtube, flicker, programas online...

Como jornalista, qual o seu sonho?
Meu sonho como jornalista é ter um programa de TV onde eu possa fazer algo com jovens. Eu queria fazer um formato de programa itinerante nas escolas. Eu ainda preciso melhorar o projeto. Mas é algo que eu tenho muita vontade de fazer. Também gostaria de visitar lugares pitorescos, diferentes. Gosto muito de viajar.

Qual foi o lugar mais pitoresco que você já conheceu?
Uma cidade no Pará chamada Cametá. Fui para lá fazer palestras de motivação profissional em algumas empresas. Fui procurar pelo prefeito, lá ele atende na própria casa. Tinha uns jagunços no portão recepcionando as pessoas. Na cidade as pessoas só andam de mototáxi. Ninguém usa capacete, e só andam sem camisa. Além disso, os carros não têm placa. É um outro Brasil dentro de um Brasil que nós conhecemos. O comércio abria às 9h e fechava às 11h30. Eles paravam para o almoço, para comer açaí com pirão. Tudo só voltava a funcionar às 15 horas.

Você toca piano e violão, além de cantar em um coral. Que tipo de música gosta de escutar?
Eu tenho um gosto meio diferenciado. Sou evangélico, então ouço bastante música gospel. Mas também gosto do Chico Buarque, por exemplo. Além disso, acho que a Marjorie Estiano tem uma bela voz!

Você é marxista, como você vê a política e a religião?
Marx falava que o ópio do povo era a religião, mas, apesar disso, acho que só podemos falar daquilo que conhecemos. Ele estava falando da igreja católica, de épocas em que padres dominavam o poder político e conseguiam os votos na missa. Esse tipo de religião é o ópio. A religião tem um papel na sociedade de orientar a conduta espiritual. A política é um instrumento de poder do povo, e para o povo. Procuro separar bem essas duas áreas da minha vida. É difícil, às vezes eu acabo sentindo que tenho duas vidas. As duas têm demandas, tem responsabilidades. Martin Luther King disse: “eu não me assusto com o grito dos injustos, mas com o silêncio dos justos”. A Bíblia fala muito sobre isso, sobre fazer a diferença para o outro, sobre não se calar nunca. Esse mesmo sentindo de injustiça e a essência da militância.

Estudantes querem garantias na realização da prova do Enem

UBES e INEP debateram questões relativas à realização da prova em reunião esta manhã, na sede do Instituto em Brasília

A preparação da aplicação da prova do Enem foi pauta do encontro entre o presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), Yann Evanovick, e a presidenta do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), Malvina Tuttman. A reunião ocorreu na manhã desta quarta-feira (25), na sede do Instituto em Brasília.

A visita de cortesia ocorreu logo após o início das inscrições para o Enem, abertas nesta segunda-feira (23). Os estudantes querem garantias de os transtornos ocorridos no último ano, com o vazamento da prova, não aconteçam novamente.

Entre as medidas adotadas para este ano, Malvina destacou a parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) para que todo o processo do exame seja certificado com o selo de qualidade Inmetro. Desde o lançamento do edital publicado no dia 18 de maio, até a divulgação do resultado final das provas, o instituto vai certificar cada etapa do processo, desde a elaboração das questões das provas até a divulgação dos resultados.

Depois de escutar a novidade, Yann defendeu que o INEP tenha estrutura própria para realizar todo o processo de seleção, inclusive a impressão das provas. “Por que o INEP não pode ter sua própria gráfica?”, questionou.

As distorções do acesso ao ensino superior foi outro assunto debatido na reunião. Para Yann, o instituto precisa estudar instrumentos para garantir o ingresso de estudantes no ensino superior das regiões Norte e Nordeste.

Os problemas podem ser exemplificados pela realidade da Universidade Federal do Amazonas – UFAM. A instituição no ano passado teve mais da metade das suas vagas preenchidas por estudantes oriundos de outro estado. O curso de medicina da universidade exemplifica a grave situação: 96% das vagas foram preenchidas por estudantes de fora do Amazonas. “Precisamos que a universidade contribua com o desenvolvimento regional de nosso país. No modelo atual, as desigualdades são aprofundadas”, argumentou Yann.

Outro questionamento levantando na reunião pelo representante dos estudantes foi a substituição do curso do Ensino Médio pela prova do Enem, a chamada Certificação. Para ele, o estado brasileiro precisa garantir que o estudante frequente o Ensino Médio regular, sem a substituição da sala de aula, ou seja, a escola precisa se tornar um ambiente mais atrativo para a juventude.

No final do encontro, Yann convidou a Presidenta da INEP, para participar de debates sobre a migração dos estudantes do Sul e Sudeste, para o Norte e Nordeste. Ele sugeriu a realização de evento da UBES em conjunto com a UFAM e a UFPE. Malvina se comprometeu em participar dos encontros, que terão suas datas definidas nos próximos dias.

16 de maio de 2011

Último dia do Seminário Nacional de Educação da UBES termina com blitz no Congresso Nacional

Mais de 150 estudantes fizeram passeata na câmara e importantes compromissos com parlamentares foram firmados para aprovação do PNE ainda em 2011

Durante o dia de hoje (4), o último do Seminário Nacional de Educação da UBES, mais de 150 estudantes se juntaram para realizar uma blitz no Congresso Nacional. A manifestação começou às 7h30 da manhã com uma passeata até a Comissão de Educação, onde a diretora da UNE, Marcela Rodrigues, e o presidente da UBES, Yann Evanovick, apresentaram as 59 emendas das entidades estudantis ao Plano Nacional de Educação (PNE). “A ocupação dos estudantes no plenário demonstra que o movimento estudantil continua vivo e com muita força”, disse Yann.

Na ocasião, os estudantes levaram aos parlamentares as principais bandeiras do Seminário. “Queremos um Plano Nacional de Educação mais eficaz e que não seja descolado da realidade, para isso as metas de investimento precisam ser revistas”, explicou Marcela. As emendas defendem, principalmente, investimentos em educação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) com a aplicação de 50% do Fundo Social do pré-sal para o setor. Em seguida, os representantes do movimento estudantil se dirigiram ao gabinete do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS). Durante o encontro, dois importantes compromissos foram firmados. Maia assegurou um processo democrático para que o PNE seja debatido livremente na Casa, e garantiu que o Plano tenha a sanção presidencial ainda em 2011.

Com a blitz, o movimento estudantil tinha o objetivo de sair do Congresso com o maior número de parlamentarem subscrevendo as emendas propostas. De acordo com Marcela, a adesão dos parlamentares foi grande. Entre eles, o senador do PCdoB do Ceará, Inácio Arruda, autor do Projeto de Lei 138/2011, que defende a destinação de recursos do Fundo Social do Pré-sal para educação. “Plano Nacional de Educação é uma tarefa da nação”, afirmou Arruda. De acordo com ele, “investir nos diversos níveis de ensino, especialmente na formação e salário dos nossos professores, é a melhor estratégia de desenvolvimento nacional”. O deputado do PCdoB-RS, Assis Melo, também manifestou apoio à iniciativa. Para o parlamentar, o atual modelo econômico limita os investimentos na educação. "Precisamos enfrentar o debate dos juros altos e do superávit primário destinado para o pagamento da dívida interna brasileira para que tenhamos a ampliação dos recursos na educação", argumentou.

Na opinião do presidente da UBES, Yann, o saldo do Seminário foi muito positivo. “Estamos terminando uma semana em que o movimento estudantil fez um bom debate sobre a educação. Essa blitz coroa esses acontecimentos”, explicou. Marcela Rodrigues concorda, “Com essa mobilização queríamos sair daqui com esses dois compromissos firmados. Achamos que saímos vitoriosos, mas vamos continuar trabalhando”, disse.

Ministro da Educação debate com a UBES as reivindicações dos estudantes

Durante seminário promovido pela entidade, Haddad garantiu maior participação dos estudantes no "Sistema S" e debateu com a entidade a implantação do Pronatec

O ministro da Educação, Fernando Haddad, debateu, nesta segunda-feira (02), com as lideranças da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) as reivindicações referentes a melhoria da educação no país. O encontro ocorreu durante o seminário promovido pela entidade, na sede do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), em Brasília.

Haddad garantiu a participação da UBES no Conselho de Gestão do “Sistema S”, formado por Sesc, Senac, Senai e Sesi, entre outros serviços de educação e cultura do trabalhador. O ministro disse, também, que irá convocar a entidade para debater a implementação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), lançado na semana passada pela presidente Dilma Rousseff.

Para o presidente da UBES, Yann Evanovick, o comparecimento de Hadadd ao evento dá maior respaldo à luta estudantil. “A presença do ministro no seminário é uma demonstração prática do compromisso dele. Não é todo dia que se faz um debate nacional reunindo líderes para pensar educação. Com isso, nós vamos poder pressionar o governo e fazer o país entender a necessidade da luta pela melhoria da educação”, afirmou.

O seminário da UBES também faz a discussão das 59 propostas da UBES para o Plano Nacional de Educação (PNE), que foram aprovadas em fóruns da entidade. Já apresentadas à Comissão Especial da Câmara dos Deputados, defendem, principalmente, investimentos em educação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) com a aplicação de 50% do Fundo Social do pré-sal para o setor.

O PNE teve suas diretrizes elaboradas em 2010 pelo movimento estudantil durante a Conferência Nacional da Educação (Conae). As propostas da UBES ao projeto foram apresentadas pelas entidades estudantis a parlamentares de partidos que já se comprometeram com essas reivindicações.

Blitz na Câmara
Nesta quarta-feira (04), os cerca de 300 participantes do seminário irão fazer uma blitz na Câmara dos Deputados para abordar os parlamentares e mostrar diretamente a eles a importância das propostas feitas pelo movimento estudantil para a melhoria da educação no Brasil.

A UBES aproveitará o seminário em Brasília para convocar a Semana Nacional de Passagem em Sala de Aula, quando todos os grêmios estudantis divulgarão as emendas ao PNE visando levar o debate a todo o país. A entidade convocará também o seu 13° Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONEG).